domingo, 18 de outubro de 2015

Procuro-te

(Foto de Serenidade)

Procuro-te!
Procuro-te perdida entre o norte e o sul, sem que o Sul seja sul e o Norte seja norte. 
Sinto-me desnorteada e fico vagueando o olhar entre o ontem e o agora.
Onde estás?
Perdido?! (Eu estou na minha ausência até à tua presença!)
Perdido na ausência do meu calor?! No calor de um dia a dia feroz que consome e congela o coração de quem ama e é amado.
Não um amor de palavras! Um amor como deve ser! O amor com o teu toque, o teu calor, o teu cheiro, o teu sabor... 
Procuro-te!
Encontro-te em mim.
Já sou o teu toque, sou o teu calor, sou o teu cheiro, sou o teu sabor... Sou Eu, contigo em mim...

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Saudade

(Foto de Serenidade)
Apetece-me dizer-te o quanto tenho saudades de ti, dos tempos em que rapidamente as letras se uniam em palavras e estas em frases ou versos. Com, ou sem, nexo aos olhos dos que te liam, eram, para mim uma fonte de tranquilidade e de conforto. Sim, tenho saudades dos tempos em que dormia a escrever-te, a dizer-te o quanto a dor e a alegria, eram importantes para mim e para ti… Lembro dos tempos em que partilhava contigo tudo o que doía, o que me alegrava, o que causava êxtase, os medos, as ansiedades e todos as emoções que um comum mortal exala a cada inspiração, a cada expiração….
Que saudade deste bater de teclas acelerado, a tal ponto que as letras atropelam-se de tanto quererem ser expressas; deste coração que quase sai pela boca pela ânsia de dizer o que vai lá dentro e que tem ficado fechado a sete chaves… sem querer sair? Com medo de sair? Pela incompreensão? Ou pelo medo da constatação???
Que saudades eu tenho deste rosto que sorri, da vida que há em mim e que tanto quer estar em ti!

Será um recomeço? Vamos voltar a enamorarmo-nos? Posso voltar a cativar-te?

terça-feira, 4 de março de 2014

O mundo da Lua


(Foto de Serenidade)
 
Percorro o caminho que me leva a qualquer lugar. Sem que o tenha definido ou escolhido. Sobriamente vagueio por entre as encruzilhadas da vida. Por vezes, percorro caminhos alegres e seguros, outros há que são escorregadios e escuros! Nestes, resta-me a luz da Lua que me ilumina. Resta-me a companheira, a outra face da vida, do Sol, a minha vida! Quando a luz do astro-rei me ilumina, por vezes, vejo-me imbuída de uma luz prateada, sempre que começo a vaguear entre os pensamentos que se apoderam do meu corpo e mente e os sonhos sonhados com coração. Neste instante, vivo a vida literalmente alunada em pensamentos cheios de imagens e cores resplandecentes e vigorosas como se estivesse, o sonho, a viver. Vivo “no mundo da lua”, no mundo onde os sonhos se concretizam mesmo que na realidade do dia-a-dia nada exista para além da mesmice monocórdica de uma vida robotizada.
Nos meus sonhos não há aspas, nem reticências. Não há pontos finais nem interrogações. No meu mundo, no instante em que estou alunada em mim sem que o meu corpo consiga concretizar o que estou a viver, tudo é um continuum de instantes vividos intensamente, nos quais não há lugar para o ontem e muito menos para o amanhã. A minha morada, neste instante, nada se aparenta com o mundo da Lua, mesmo que nele esteja a viver. O prateado metamorfoseou-se um belíssimo arco-íris. Os altos e baixos, das crateras de impacto, são uma melodia harmoniosa sem interrupções. Os mares lunares encheram-se com a essência da vida, permitindo que, na “minha” Lua, houvesse vida. Uma vida concebida com muito amor e paz no coração. Uma vida que preencheu a vida de outras vidas. Sim, imaginária, ainda, mas vivida no meu mundo, no mundo da lua, a minha vida a par da vida mecanizada que a mente e o mundo humano me imprime.
Pub. em "O mundo da Lua" - Lua de Marfim Editora

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Benção

 
(Foto de Serenidade)
 
Inventei uma história em que fazias parte de mim, agora! Não amanhã, não ontem! Agora! Neste instante em que o amor percorre cada célula que me constrói e te constrói! Não! Não inventei! Sim, estiveste aqui! Como a água que me compõe e que não deixa que meu corpo mirre! Partilhamos momentos! Sim, posso dizer que partilhamos momentos. A dois e a três! Amei-te desde sempre. Amamos-te desde o primeiro momento. Amo-te, mesmo já cá não estejas. Irás voltar! Sim, eu sei que sim. Aguardas o momento certo do regresso. Retornarás para ficares. Foi bom sentir-te. Aqui. Em mim! Obrigada por me teres concedido essa oportunidade. Obrigada por me teres vindo tranquilizar. Sussurraste-me “tem calma, eu irei, mas… ainda não estou em condições para aportar, ainda não estamos, os três”… as condições não seriam apropriadas? Minha culpa? Da densidade que afeta todo o planeta? Que importa! Já cá estiveste! Vieste dizer-me “olá”! Talvez um “até já”!
 
"A alegria evita mil males e prolonga a vida."
 

domingo, 11 de agosto de 2013

não procures...está em ti!


(Foto de Serenidade)

Tudo o que está em ti anda tão extenuado que, por vezes, penso que a chuva que cai para além do vidro da janela, não é mais que as lágrimas aprisionadas loucas e enfurecidas por não as deixares passar a porta dos teus olhos e deixa-las rolar, num rio ora sereno e calmo ora agitado e compulsivo.

Permaneces na busca incessante do que, julgas, acalmar o teu coração e, cada vez mais, o intento foge. E a cada aproximação, há uma desilusão, que aumenta de cada vez que o desencanto surge.

Há momentos que te sinto um barco sem rumo, velejando ao sabor da corrente que, na maior parte das vezes é forte e perturbadora. Vejo-te fazer o que não queres; orientares as tuas acções pelo que vai contra a tua salutar ambição.

Sinto-te a diminuir de dia para dia. A força e vontade de viver resvalar e a aumentar a apatia.

Dizes: “não tenho motivo para além do amor dado, nem sempre, na mesma medida, retomado”. Referes que te cansas de dar, de fazer, de viver e a vida, tudo o que se encontra em volta, pouco te dá em troca! A maior parte dos teus dias são percorridos valorizando o pouco retribuído, e agora! Agora, dizes-te cansado de viver! Um destes dias vi-te observares o vizinho que passeava o seu animal de estimação e o teu pensamento logo resvalou para o quanto desejas ter um, o quanto amor lhe davas com a certeza absoluta de que seria retribuído na mesma medida, aliás que tinhas a certeza de que seria retribuído a dobrar… não o duvido, mas será que não é uma forma de buscares fora de ti, aquilo que deverias encontrar em ti? Tanto amor para dar, mas tanto medo de ser subaproveitado, de ser diminuído, de ser denegrido em atitudes desleais. Ai esse medo que te assola. A deslealdade que poderá espreitar em cada esquina consome-te.

Por favor, “alma de Deus” acredita que tudo tens em ti. Tudo o que almejas para a tua vida. E nada te será desleal a não ser a tua própria deslealdade
Serenidade

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Poema da Paz

(Foto de Serenidade)


O dia mais belo? Hoje.
A coisa mais fácil? Equivocar-se.
O obstáculo maior? O medo.
O erro maior? Abandonar-se.

A raiz de todos os males? O egoísmo.
A distracção mais bela? O trabalho.
A pior derrota? O desalento.
Os melhores professores? As crianças.

A primeira necessidade? Comunicar-se.
O que mais faz feliz? Ser útil aos demais.
O mistério maior? A morte.
O pior defeito? O mau humor.

A pessoa mais perigosa? A mentirosa.
O sentimento pior? O rancor.
O presente mais belo? O perdão.
O mais imprescindível? O lar.

A estrada mais rápida? O caminho correcto.
A sensação mais grata? A paz interior.
O resguardo mais eficaz? O sorriso.
O melhor remédio? O optimismo.

A maior satisfação? O dever cumprido.
A força mais potente do mundo? A fé.
As pessoas mais necessárias? Os pais.
A coisa mais bela de todas? O amor.


Autoria: Madre Teresa de Calcutá

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013